terça-feira, 12 de maio de 2009

Arte cibernética


Há um mês mais ou menos, o Phill a Bel e eu fomos ao Museu Inimá de Paula ver a esposição sobre arte cibernética promovida pelo instituto Itaú Cultural. Eu adorei a experiência, as obras eram surpreendentes e pareciam mágica! Foi muito interessante tentar descobrir como tudo era feito, procurando os mecanismos e onde cada coisa estava escondida.
As minhas obras preferidas foram o Pixflow2 onde vários pixels fluiam por telas de computador de modo super-harmônico, Les Pissenlits, dentes de leão projetados os quais voce podia soprar e os pedacinhos deles voavam, o Text Rain que voce inteargia com letrinahs projetadas que caiam (!) e o OP_ERA Sonic Dimensions que eram várias cordas projetadas que tocavam algum som quando voce passava a mão nelas.
A experiencia serviu muito para abrir minha visão do que é arte cibernética e interatividade, além de ja ter valido só pelo lugar que é maravilhoso! (O teto é curvooo!)
=)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Processing com interação

Bem, depois de quebrar minha cabeça um pouquinho aqui vai o resultado:





O código para a animação/programa/coisa é:

void setup(){
size(400,400);
frameRate(15);
smooth();
}
void draw(){
background(mouseX, mouseY, mouseX+mouseY); //fundo "piscante"
noFill();
strokeWeight(2);
stroke(mouseY, mouseX+random(255), random(255)); //linhas de cores aleatórias
ellipse(mouseX+random(38), mouseY, 60, 60 );
ellipse(mouseX-(mouseX)/2, mouseY+2, 30, 30 );
ellipse(mouseX-random(58), mouseY+4, 10, 10 );
ellipse(mouseX, mouseY+random(70), 1, 1 );
ellipse(mouseX, mouseY-(random(100))/2, 80, 80 );
ellipse(mouseX+57-random(57), mouseY, 30, 30 );
}
É engraçado ver como um código tão pequenininho pode levar tanto tempo pra ser feito O.o

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Imagem no Processing

Aqui está a imagem que eu fiz usando o processing:



Os comandos usados foram:
size(200, 200);
background(237, 255, 0);
rectMode(CENTER);
fill(0, 6, 255);
rect(100, 150, 20, 20);
fill(3, 232, 255);
rect(80, 130, 20, 20);
fill(170, 3, 225);
rect(100, 130, 20, 20);
fill(3, 232, 255);
rect(120, 130, 20, 20);
fill(225, 3, 201);
rect(120, 110, 20, 20);
fill(255, 13, 126);
rect(140, 110, 20, 20);
fill(255, 13, 126);
rect(100, 110, 20, 20);
fill(225, 3, 201);
rect(80, 110, 20, 20);
fill(255, 13, 126);
rect(60, 110, 20, 20);
fill(255, 13, 17);
rect(120, 90, 20, 20);
rect(80, 90, 20, 20);
fill(0, 255, 0);
ellipse(20, 20, 10, 10);
ellipse(30, 60, 10, 10);
ellipse(130, 70, 10, 10);
ellipse(100, 25, 10, 10);
ellipse(169, 47, 10, 10);
ellipse(189, 10, 10, 10);
ellipse(13, 189, 10, 10);
ellipse(145, 150, 10, 10);
ellipse(130, 190, 10, 10);
ellipse(50, 139, 10, 10);
ellipse(180, 145, 10, 10);
ellipse(167, 105, 10, 10);

Design: obstáculo para a remoção de obstáculos

O texto de Vilem Flusser, publicado no livro "O Mundo Codificado", trás uma reflexão sobre a natureza dos objetos projetados e sobre a responsabilidade dos designers por sua criação.

Logo no começo o autor apresenta a contradição existente na chamada "dialética interna da cultura": objetos seriam obstáculos para a remoção de outros obstáculos. À primeira vista, tal afirmação soa extranha, porém após a explicação dada no texto e alguma reflexão, chega-se a conclusão que ela faz todo o sentido. Objetos, tão necessários para nossa vida, nos auxiliam em em diversas tarefas, porém com o tempo tem-se um acumulo tão grande dos objetos "necessários" que estes tornam-se entraves e limitadores.

Para lidarmos com tal problema surge no texto a proposta de um design responsável, no qual o criador não se voltaria excluivamente para sua criação, mas também para as pessoas que se utilizarão dela. Estabelecendo-se esse diálogo entre o criador e seu público alvo, o objeto criado perderia muito do seu caráter objetivo, objetal e problemático tornando-se muito mais comunicativo, intersubjetivo e dialógico, melhorando sua relação com as pessoas.

O design digital e o mundo imaterial são apresentados por Flusser como uma possível alavanca para o design responsável, uma vez que, de acordo com o autor, o olhar do criador no caso se voltaria para os outros homens. Tal visão do design digital é, contudo, muito romantizada. Hoje em dia temos uma infinidade de ferramentas digitais, muitas tão complexas que pouquíssimas pessoas as dominam e um outro sem número de programas, sites e blogs que apenas atravancam todo esse mundo digital, escondendo aquelas que de fato foram criadas de forma responsável.

A questão dos objetos e da efemeridade das coisas, em contra partida, já é mais relevante e tem contribuido de maneira mais direta com ao design responsável. Estando esse tema em foco, a pressão social para a criação de objetora que, além de suas funções básicas, sejam ainda ecológicamente corretos e o mais duráveis possivel, estimula (ou mesmo obriga) os designers a agirem mais responsavelmente, pensando em novos materiais e maneiras para se produzir, além dos impactos sócio-ambientais de suas criações.

O design responsável que até pouco tempo atrás era visto como algo retrogrado está cada vez se destacando mais e lentamente assumindo a posição de destaque à qual tem direito.